segunda-feira, 14 de março de 2011

Sobre o "muro do amor"


Cajuh Dantas

O muro do amor. Duas metáforas que se unem: muro e amor. Eu sempre pensei no amor como ponte, mas pensando bem pode ser um muro sim. São tijolos unidos, uma fortaleza silenciosa, por vezes transmitindo mensagens. Só muda a forma. Bem como o amor mutável e constante. Pensava o muro como obstáculo para a união, para a comunhão com os outros. Mas, não! Nesse mundo onde um olhar pode provocar socos e o mostrar tiros, melhor mesmo a segurança do muro. No momento não penso o muro como isolamento. Penso o muro como o amor... Vivas a Maria Adelaide Amaral e Jorginho Fernando! Pena que a censura ainda se faz presente... Bem! Ainda existem os muros e os amores além das telas da hipocrisia!

-Obs. Hipocrisia porque nossas “boas famílias” podem ver todo requinte de crueldade de Luisa’s, Raquel’s e Max’s Martinês, mortes e seqüestros e não podem ver um beijo gay! Carinho é perversão, violência não! – sou meio militante mesmo...